EUA avisam que isenção de tarifas sobre produtos eletrónicos terá curta duração
A isenção de tarifas sobre smartphones, computadores portáteis e outros produtos eletrónicos maioritariamente fabricados na China será de curta duração, sublinhou no domingo a Administração Trump, prometendo novas taxas sobre estes artigos dentro de um ou dois meses. O presidente norte-americano avisou que "ninguém vai escapar-se" às tarifas.
Na sexta-feira, a Casa Branca anunciou a exclusão de alguns produtos eletrónicos, entre os quais smartphones e computadores portáteis, das pesadas tarifas “recíprocas” impostas pelos Estados Unidos.
Com o anúncio, empresas como a Apple – que depende fortemente destes artigos, na sua maioria importados da China – respiraram de alívio.
O Ministério chinês do Comércio afirmou que os EUA estavam a dar "um pequeno passo para corrigir a sua prática unilateral errada de 'tarifas recíprocas'" e insistiu para que Washington cancelasse todas as taxas.
No entanto, o secretário do Comércio de Trump, Howard Lutnick, disse no domingo que os produtos tecnológicos e os semicondutores, nomeadamente os provenientes da China, seriam alvo de novas taxas aduaneiras separadas em breve.
Segundo este responsável, Trump vai decretar "um tipo de tarifa especial" sobre smartphones, computadores e outros produtos eletrónicos dentro de um mês ou dois, juntamente com tarifas aos semicondutores e produtos farmacêuticos. Estas novas taxas não se enquadram nas chamadas tarifas “recíprocas” de Trump sobre a China, acrescentou Lutnick.
"Esses produtos estão isentos das tarifas recíprocas, mas estão incluídos nas tarifas sobre semicondutores, que chegarão provavelmente dentro de um mês ou dois", avançou o secretário do Comércio numa entrevista à ABC.
O objetivo é que as taxas façam aumentar a produção desses produtos nos Estados Unidos. "São coisas da área da segurança nacional, precisamos que sejam fabricadas nos Estados Unidos", justificou.“Ninguém vai escapar-se”
Numa publicação na sua rede Truth Social na noite de domingo, o presidente dos Estados Unidos vincou que “não houve uma ‘exceção’ às tarifas”.
“Ninguém vai escapar-se às balanças comerciais injustas e às barreiras tarifárias não monetárias que outros países utilizaram contra nós, especialmente a China que, de longe, nos trata pior”, esclareceu.
Donald Trump aproveitou para anunciar uma investigação comercial de Segurança Nacional ao setor dos semicondutores e a "toda a cadeia de fornecimento de produtos eletrónicos".
“Estamos a analisar os semicondutores e toda a cadeia de abastecimento da eletrónica nas próximas investigações sobre as tarifas de segurança nacional. O que foi concluído é que precisamos de fabricar produtos nos Estados Unidos e que não seremos reféns de outros países, especialmente de nações comerciais hostis como a China, que fará tudo o que estiver ao seu alcance para desrespeitar o povo americano”, escreveu.
“Também não podemos deixar que continuem a abusar de nós no comércio, como têm feito durante décadas, esses dias acabaram!”.
As imprevisíveis decisões de Donald Trump sobre as tarifas provocaram as maiores oscilações em Wall Street desde a pandemia de covid-19 e causaram ondas de choque nas economias mundiais.China garante que "o céu não vai cair"
Esta segunda-feira, o presidente chinês, Xi Jinping, disse que o protecionismo “não leva a lado nenhum” e que uma guerra comercial “não terá vencedores”.
Após sucessivos aumentos, as taxas impostas pelos EUA à China fixam-se agora em 145 por cento, enquanto Pequim aplicou uma taxa de retaliação de 125 por cento às importações norte-americanas.
Esta segunda-feira, um porta-voz da agência aduaneira da China afirmou que as exportações do país estão a enfrentar uma situação externa complexa e grave, mas que "o céu não vai cair", já que a procura interna da China é ampla e que o país está a construir um mercado diversificado.
c/ agências
O Ministério chinês do Comércio afirmou que os EUA estavam a dar "um pequeno passo para corrigir a sua prática unilateral errada de 'tarifas recíprocas'" e insistiu para que Washington cancelasse todas as taxas.
No entanto, o secretário do Comércio de Trump, Howard Lutnick, disse no domingo que os produtos tecnológicos e os semicondutores, nomeadamente os provenientes da China, seriam alvo de novas taxas aduaneiras separadas em breve.
Segundo este responsável, Trump vai decretar "um tipo de tarifa especial" sobre smartphones, computadores e outros produtos eletrónicos dentro de um mês ou dois, juntamente com tarifas aos semicondutores e produtos farmacêuticos. Estas novas taxas não se enquadram nas chamadas tarifas “recíprocas” de Trump sobre a China, acrescentou Lutnick.
"Esses produtos estão isentos das tarifas recíprocas, mas estão incluídos nas tarifas sobre semicondutores, que chegarão provavelmente dentro de um mês ou dois", avançou o secretário do Comércio numa entrevista à ABC.
O objetivo é que as taxas façam aumentar a produção desses produtos nos Estados Unidos. "São coisas da área da segurança nacional, precisamos que sejam fabricadas nos Estados Unidos", justificou.“Ninguém vai escapar-se”
Numa publicação na sua rede Truth Social na noite de domingo, o presidente dos Estados Unidos vincou que “não houve uma ‘exceção’ às tarifas”.
“Ninguém vai escapar-se às balanças comerciais injustas e às barreiras tarifárias não monetárias que outros países utilizaram contra nós, especialmente a China que, de longe, nos trata pior”, esclareceu.
Donald Trump aproveitou para anunciar uma investigação comercial de Segurança Nacional ao setor dos semicondutores e a "toda a cadeia de fornecimento de produtos eletrónicos".
“Estamos a analisar os semicondutores e toda a cadeia de abastecimento da eletrónica nas próximas investigações sobre as tarifas de segurança nacional. O que foi concluído é que precisamos de fabricar produtos nos Estados Unidos e que não seremos reféns de outros países, especialmente de nações comerciais hostis como a China, que fará tudo o que estiver ao seu alcance para desrespeitar o povo americano”, escreveu.
“Também não podemos deixar que continuem a abusar de nós no comércio, como têm feito durante décadas, esses dias acabaram!”.
As imprevisíveis decisões de Donald Trump sobre as tarifas provocaram as maiores oscilações em Wall Street desde a pandemia de covid-19 e causaram ondas de choque nas economias mundiais.China garante que "o céu não vai cair"
Esta segunda-feira, o presidente chinês, Xi Jinping, disse que o protecionismo “não leva a lado nenhum” e que uma guerra comercial “não terá vencedores”.
Após sucessivos aumentos, as taxas impostas pelos EUA à China fixam-se agora em 145 por cento, enquanto Pequim aplicou uma taxa de retaliação de 125 por cento às importações norte-americanas.
Esta segunda-feira, um porta-voz da agência aduaneira da China afirmou que as exportações do país estão a enfrentar uma situação externa complexa e grave, mas que "o céu não vai cair", já que a procura interna da China é ampla e que o país está a construir um mercado diversificado.
c/ agências